Bola de cristal do mercado reflete otimismo
Não há razão para euforia, mas faz tempo que o país não vive um clima de moderado otimismo como o atual. É o que revelam dados do Boletim Focus do Banco Central, divulgados semanalmente, sobre as expectativas em relação às principais variáveis macroeconômicas.
Não faz muito tempo, o dólar rompia a barreira dos R$ 4 e havia projeções na praça de que o preço da moeda norte-americana passaria dos R$ 5. Em contraste, a última projeção do mercado para a taxa de câmbio no fim de 2019 recuou de R$ 3,75 para R$ 3,70 por dólar. Para o fechamento de 2020, caiu de R$ 3,78 para R$ 3,75.
Depois de muita hesitação, as expectativas do mercado financeiro convergiram para uma inflação abaixo de 4% ao ano e juro básico estável em 2019, de 6,5%. Trocando em miúdos, o Copom (Comitê de Política Monetária) não precisaria elevar a taxa básica de juros, a chamada Selic, em 2019.
Nessa linha, não deve haver aumento dos juros básicos da economia nesta quarta-feira (5), quando ocorre a primeira reunião do comitê sob o novo governo. Isso porque a inflação está relativamente baixa, inferior à meta de 4,25% ao ano estabelecida pelo Banco Central, e a economia ainda está desaquecida.
A previsão para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2019 passou de 4% para 3,94%. Foi a terceira queda seguida da projeção de inflação e a primeira vez que o mercado estimou que o IPCA ficará abaixo de 4% neste ano. Para 2020, a estimativa se manteve em 4% – em linha com a meta central definida pelo governo.
O mercado continua conservador em relação ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). A previsão para crescimento neste ano permaneceu inalterada em 2,5%, tanto para 2019 quanto para 2020.
Em contraste, o modelo econométrico da GO Associados indica uma taxa maior que 3% para 2019, acarretando uma taxa de inflação um pouco maior, mas, ainda assim, dentro da meta.
Esta é a bola de cristal do mercado. Se vai funcionar ou não, depende em grande medida daquilo que acontecer com a reforma da Previdência.
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