A construção pode trazer os empregos perdidos
A recuperação da economia ainda está em marcha lenta. A última Pesquisa Focus mostrou que a projeção para o PIB de 2019 permanece em 2,48%.
Mas nem todos os segmentos estão parados. Alguns, que sofreram muito durante a crise, estão dando sinais de vida. É o caso da cadeia produtiva da construção, que tem forte efeito sobre a geração de empregos.
Os indicadores começam a ter maior consistência, considerando os dados de vendas no varejo e na indústria, o aumento dos financiamentos imobiliários e a recuperação dos preços dos imóveis e da mão de obra contratada.
De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC), as vendas de imóveis cresceram 4,4% no quarto trimestre de 2018 e 19,2% na média do ano.
No segmento corporativo de imóveis, começa a surgir uma queda da vacância de espaços para escritórios e a recuperação de preços.
Após três anos de queda, a indústria de material de construção registrou crescimento de 1,2% do faturamento real em 2018 em relação a 2017. A geração anual de vagas na indústria de material de construção registrou expansão de 1,7%. A Associação Brasileira da Indústria de Material de Construção (Abramat) estima uma expansão de 2% no faturamento do setor em 2019.
Ressurgiu um consumo formiguinha. Os indicadores recentes da Abramat sugerem aumento do número de pessoas e de empresas que estão retomando obras e ajustes de manutenção, impulsionando as vendas de materiais de construção.
As vendas e a confiança recuperam-se gradualmente, mas também os financiamentos imobiliários reverteram a trajetória de queda em 2018. Nesse período, foram investidos R$ 57,4 bilhões na aquisição e construção de imóveis, alta de 33% sobre 2017.
A disponibilidade crescente de recursos possibilitou o aumento de 30% das unidades financiadas em 2018 (228,4 mil imóveis) em relação ao nível de 2017 (175,6 mil), conforme dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Apenas em dezembro de 2018, foram financiados 23,4 mil imóveis, uma expansão de 60,9% relativamente a dezembro de 2017!
Na Sondagem de Construção da Confederação Nacional da Indústria, os indicadores de atividade e de emprego do setor continuam apontando alta.
A esperança é que a recuperação do setor de construção contribua para a geração de postos de trabalho, atenuando o grave problema do desemprego e subemprego, que afeta cerca de 27 milhões de pessoas.
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