Inflação dá uma colher de chá a Campos Neto
A inflação continua em níveis semicivilizados, abaixo de 4%. Não é Suíça, mas tampouco é Argentina ou Venezuela. Tal patamar contrasta com a inflação de dois dígitos que Ilan Goldfajn pegou na largada de sua gestão no Banco Central. Agora passa o bastão para Roberto Campos Neto, que poderá reduzir a Selic, taxa básica de juros, mais um pouco neste ano.
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial no país, foi de 0,43% em fevereiro, após alta de 0,32% em janeiro. No período de 12 meses encerrado em fevereiro, acumulou alta de 3,89%.
Os vilões de fevereiro foram mensalidades escolares e alimentos: 84% da taxa se deveu a estes itens que tipicamente sobem nesta época do ano. O grupo alimentos aumentou por causa, principalmente, do feijão (52%) e da batata (21%).
O resultado dessas variações está dentro do limite da meta de inflação: 4,25% no ano, com tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo; a taxa de inflação pode variar, portanto, entre 2,75% e 5,75%. A inflação oficial de 2018 foi de 3,75%, abaixo da meta central de 4,5%. Para 2019, a projeção do mercado está em 3,87%.
Inflação menor é sempre boa notícia, porque significa maior poder de compra para o trabalhador e para o consumidor. Mas tem mais um ponto fundamental: abre espaço para baixar o custo do dinheiro, isto é, a taxa de juros.
O Banco Central pode baixar os juros. Se a reforma da Previdência for aprovada, pelo menos em primeira votação na Câmara no primeiro semestre, o Banco Central de Roberto Campos Neto pode cogitar corte na taxa Selic em meados de 2019.
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