Dá para reduzir os juros. Mas não agora
A recuperação da economia brasileira andou devagar quase parando em janeiro. Segundo o chamado Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado uma "prévia" do PIB, a produção caiu 0,41% em janeiro, queda maior do que a esperada pelo mercado (-0,2%).
Diante de números fracos, as expectativas estão sendo revisadas para baixo. Segundo a Pesquisa Focus do Banco Central, a projeção do PIB para 2019 caiu de 2,28% para 2,01%, terceira redução consecutiva neste ano.
A indústria continuou perdendo ritmo. A produção industrial caiu 0,8% em janeiro, pior resultado em quatro meses.
O varejo foi um pouco melhor. As vendas do comércio cresceram 0,4% em janeiro, divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), acima do que o mercado esperava. Incluindo material de construção e transporte, chega-se a 1% de aumento.
Não tem milagre para a economia decolar. É preciso fazer logo o ajuste da Previdência para começar a colocar as contas do Estado brasileiro em ordem.
Mas só isso não basta. Tem espaço para reduzir os juros. Não nesta terça e quarta, quando ocorre a reunião do Comitê de Política Monetária, na qual deve ser mantida a taxa básica de juros, a Selic, em 6,5%.
A diminuição dos juros pode ocorrer em meados do ano, se o Congresso acelerar o trâmite da reforma da Previdência e as expectativas de inflação continuarem comportadas.
Mas nem assim a economia decola. É preciso garantir que o o leilão dos aeroportos da última sexta tenha sido mesmo o início de uma nova fase de expansão das parcerias e concessões. Aí sim, com investimento em infraestrutura, a economia retoma pra valer.
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