Emprego dá sinal de vida, mas projeções para PIB recuam
Apesar da recente turbulência política, a economia continua dando sinais de recuperação. Em fevereiro foram criados 173 mil novos postos formais de trabalho, quase o dobro do projetado pelos analistas (90 mil). Foi o melhor resultado para o mês de fevereiro desde 2011.
O segmento de serviços foi, de longe, o que acusou maior saldo de emprego (admissões menos demissões) com 112 mil, seguido da indústria de transformação (33 mil), administração pública (11 mil) e construção civil (11 mil).
Os dados do Caged têm mostrado dos últimos meses têm mostrado os primeiros efeitos da reforma trabalhista com maior frequência de tipos contratuais que não existiam na legislação antiga.
Em fevereiro, o saldo de emprego intermitente foi de 4,3 mil e de trabalho parcial, de 3,4 mil. Os desligamentos por acordo, por sua vez, chegaram a 19 mil no mesmo mês.
No entanto, as projeções para a expansão da economia em 2019 continuam caindo. Segundo a Pesquisa Focus do Banco Central, ocorreu uma nova e ligeira revisão para 2019, de 2,01% para 2%.
O estrago das crises e instabilidade dos últimos anos já pode ser dimensionado em termos históricos. Estudo da Fundação Getúlio Vargas mostrou que o crescimento médio na década encerrada em 2020 deverá ser de apenas 0,9%, registrando a pior década dos últimos 120 anos. Até na chamada década perdida, dos anos oitenta, o crescimento anual médio do PIB foi maior (1,6%).
Tais números deveriam ser suficientes para demonstrar a urgência do ajuste da economia, para o que a reforma da Previdência é uma condição necessária.
Sem acertar as contas públicas, não há um mínimo de capacidade de financiamento do investimento. Sem investimento não há crescimento ou retomada pra valer do emprego. Até quando a classe política vai teimar em ignorar tais fatos?
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