Como Dilma, Bolsonaro destrói valor ao interferir nas estatais
A interferência do presidente Bolsonaro no dia a dia de estatais como a Petrobras, e mais recentemente o Banco do Brasil, destrói valor desta empresas em prejuízo do interesse público e da melhora de gestão desta companhias. Na feira do Agrishow em Ribeirão Preto, sugeriu que o Banco do Brasil reduza os juros aos agricultores.
Não cabe ao presidente da República interferir em assuntos da responsabilidade de administradores profissionais com a formação técnica necessária para deliberar sobre o juro a ser cobrado dos produtores rurais; ou a melhor estratégia de marketing para ganhar clientes para o banco.
Um dos méritos da formação do governo Bolsonaro foi escolher nomes técnicos para as principais estatatais, evitando o toma lá dá cá. Isso está em linha com a aprovação da nova lei das estatais no governo Temer que visa introduzir as melhores práticas de governança corporativa, blindando as sociedades de economia mista da politicagem.
Como acionista majoritária do Banco do Brasil, a União tem hegemonia no Conselho de Administração e pode corrigir rumos através das instâncias apropriadas, respeitando sempre o direito dos acionistas minoritários.
Quando os governos se metem a dar palpites em relação àquilo que deve ser feito na gestão da empresa, o valor das ações cai, pois os investidores não colocam seu dinheiro em uma empresa que é governada pela política e não pela racionalidade empresarial.
Com menor apelo ao mercado, os bancos estatais deixam de gerar o potencial de valor que poderiam e consequentemente perdem capacidade para apoiar os produtores.
Em vez de pedir para o Banco do Brasil reduzir os juros que tal gerar mais concorrência no mercado? Aí todas as instituições financeiras vão abrir o coração para os tomadores de empréstimo.
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