Com marasmo da economia, impulso no comércio depende do Dia das Mães
Mais uma decepção com os indicadores econômicos foi divulgada hoje pelo IBGE: as vendas do comércio varejista brasileiro cresceram 0,3% em março, contra 1% de expansão esperada pelo mercado. Só um choque de expectativas na economia pode romper o atual marasmo.
Quando a recuperação começou no governo Temer, em 2017, foi útil usar alguns gravetos para fazer o fogo da economia pegar. A liberação de contas inativas do FGTS e do PIS/Pasep ajudou a recuperar o consumo em um momento no qual as famílias estavam asfixiadas pelas dívidas.
A situação melhorou, a recuperação resistiu aos choques do escândalo Joesley Batista e à greve dos caminhoneiros, mas a retomada pra valer não veio.
Agora não há muito mais coelho para tirar da cartola. Não há espaço para estímulos fiscais, e as famílias continuam endividadas, embora o pior da crise já tenha passado. O choque positivo de expectativa terá de vir da aprovação da reforma da Previdência.
Nesse quadro de lenta recuperação, as vendas do comércio dependem de algumas datas cruciais para o comércio. Um exemplo disso é a expectativa sobre o aumento de vendas no Dia das Mães, o 'Natal do primeiro semestre'. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) estima alta real de 3,8% das vendas nesta ocasião.
Se se confirmar a expectativa da CNC, vai haver um bom número de contratações temporárias: 22,1 mil postos de trabalho. Uma pequena ajuda em um país com 27 milhões de desocupados, total ou parcialmente, e desalentados, que já desistiram de procurar trabalho.
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