Efeito Bolsonaro evaporou, mas dólar não vai explodir
O aumento do dólar tem limite, respondendo à pergunta de muitos depois de a moeda norte-americana ultrapassar a barreira dos R$ 4 na última semana.
A euforia com a eleição de Bolsonaro e a perspectiva de reforma da economia levou a Bolsa a encostar nos 100 mil pontos e o dólar ficar na faixa dos R$ 3,6. Mas o mercado caiu na Real e o Real caiu.
Constatou-se que aprovar propostas complexas no Congressso é uma tarefa árdua, especialmente na ausência de uma base política articulada. Para complicar, o tempo fechou no cenário externo com o acirramento do conflito comercial entre China e EUA, encarecedendo o dólar relativamente a uma ampla cesta de moedas.
Mas a depreciação do Real foi maior, comparativamente a outros países emergentes. Isso reflete a percepção de que o governo Bolsonaro queimou rapidamente o capital político obtido pela vitória na eleição de 2018, dificultando a tarefa de liderar o ajuste da economia.
Apesar disso, o dólar não vai explodir como não explodiu em 2018 com um grau de incerteza bem maior. A razão principal é que, em contraste com grande parte da história do Brasil, a situação das contas externas é folgada e o Banco Central tem cacife para amortecer pressões contra o Real.
Além disso, apesar de todos os tropeços políticos, a reforma da previdência entrou definitivamente na agenda e continua elevada a probabilidade de sua aprovação parcial.
Não é por acaso que a Pesquisa Focus do Banco Central continua a projetar um dólar abaixo de R$ 4 para o final do ano. A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 subiu de R$ 3,75 de R$ 3,80.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.