Caso Moro dificulta, mas não impede a reforma da Previdência
O vazamento das conversas entre o ministro Sérgio Moro e o Ministério Público não ajuda a economia. O caso pode dificultar a tramitação da reforma da Previdência, na medida em que desgasta uma figura icônica do governo e reforça a narrativa de que o então juiz Moro teria sido parcial no processo que condenou o ex-presidente Lula.
Não é por acaso que tenha sido divulgado no momento em que a tramitação da reforma da Previdência avança no Congresso. E no qual se prepara uma greve geral, proposta para o dia 14, sexta-feira.
A leitura do relatório da Previdência foi adiada. Assim, é provável que não ocorra nesta semana, e na próxima pode ser difícil, visto que ela será mais curta em função do feriado de Corpus Christi. Logo em seguida será o auge das festas juninas. O Brasil está em profunda crise, mas o Congresso não abre mão de dançar quadrilha.
O boletim Focus apontou nova redução das expectativas de crescimento do PIB em 2019. A projeção atual é de um crescimento de 1%, registrando a 15ª queda seguida da projeção do PIB. Isso equivaleria a uma expansão menor do que a média anual dos últimos dois anos, que já foi medíocre (1,1%).
Resta o consolo de que a inflação deve surpreender para baixo em junho. O boletim Focus desta semana projeta um IPCA de 0,11% para o mês. Há uma semana o mercado projetava 0,24%. A queda do dólar e do preço do barril do petróleo, além da volta da bandeira verde na conta de luz devem resultar em deflação em junho (isto é, taxa negativa de inflação).
Abriu-se uma fase decisiva. A aprovação da reforma da Previdência, ainda que em primeiro turno, será o sinal da virada. Se não ocorrer em junho, as dificuldades serão maiores, e as expectativas econômicas irão piorar. Porém, há uma boa chance de os ventos da economia mudarem para melhor no segundo semestre. Sempre com emoção.
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